terça-feira, 25 de agosto de 2015


contra os cortes

O corte anunciado em 22/05 é de 69,9 BILHÕES de reais. A Saúde e Educação são foram as maiores prejudicadas com uma redução de 11,7 BILHÕES e 9,4 BILHÕES de reais respectivamente.

Os cortes acontecem em um momento preparado pela CUT quando Vagner Freitas, presidente da referida central governista, defendeu o modelo europeu de “manutenção de emprego” através de reduções de salários e de direitos, conhecido como Plano de “Proteção” ao Emprego – PPE. Assim como nos anos anteriores não esperamos resposta alguma da CUT e demais centrais governistas e pelegas. Analisamos essas propostas em matéria recente no site do Fórum de Oposições pela Base.

Apesar do Ministério da Educação afirmar que o corte não atingirá as “atividades fins” (escola e remuneração de pessoal), a proposta meritocrática do MEC (que consta no PNE neoliberal) é a implementação de uma prova para professores ascenderem funcionalmente nas suas carreiras o que dificulta o acesso ao professor à sua ascensão por direito ficando submetida a tal avaliação. Essas avaliações têm por objetivo culpabilizar o professor e isentar o governo, afinal educação não se faz sem as condições materiais de trabalho para os professores e condições de estudo para os estudantes. Em todo o Brasil a educação agoniza com salas superlotadas, falta de pessoal de apoio, estrutura escolar degradante, merenda escolar ruim e profissionais mal remunerados.

Nunca nutrimos ilusão no governo federal. Nacionalmente construímos a campanha “NÃO VOTE, LUTE!” que tem por objetivo combater a ilusão nas eleições como método de melhora das nossas condições de trabalho e vida. Jogamos nossas forças na mobilização de nossa categoria e na unidade classista com outros setores da educação. Assim trabalhamos hoje na nacionalização de nossa oposição que faz combate ao sindicalismo de Estado, marca dos setores governistas (CUT, CTB), paragovernistas (Intersindical e CSP-Conlutas) e de direita (CGTB, NCST, Força Sindical) e contra a despolitização e desorganizacionismo dos trabalhadores da educação.

A única resposta é a Greve Geral construída pela base

Enquanto as centrais governistas e paragovernistas acima citadas chamam uma Greve Geral de mentirinha, sem a convocação de suas bases através de assembleias, a construção de comandos de greve locais e gerais, sem a construção de organismos de poder da base, o governo deita e rola nas costas do trabalhador e esses cortes são uma expressão disso.

É tarefa dos trabalhadores da educação a construção de uma campanha nacional chamando o Abaixo o Corte de 9,4 Bilhões na Educação e o PNE Neoliberal de Dilma-PT/PMDB para impedir mais ataques e golpes realizados pelo governo contra a educação.

CONTRA TODA AVALIAÇÃO MERITOCRÁTICA!
ABAIXO O PNE NEOLIBERAL DE DILMA-PT/PMDB!
ABAIXO O SINDICALISMO PELEGO E COORPORATIVISTA!
CONSTRUIR A OPOSIÇÃO DE RESISTÊNCIA CLASSITA!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Avaliação do 35º ENEPe (Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia

 por Coletivo Pedagogia em Luta (filiado à RECC)



Dos dias 12 a 19 de julho de 2015, foi realizado em Curitiba, o 35º ENEPe (Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia), com a temática “20 anos da LDB e aí?! A Democratização do Ensino Público no Brasil”. Nós do Coletivo Pedagogia em Luta, filiado a RECC (Rede Estudantil Classista e Combativa) estivemos presentes por acreditar que os ataques ao ensino público se mostram cada vez mais latentes, a precarização das condições de estudo e do trabalho docente apontam para a necessidade de enfrentamento.

A comissão organizadora do 35° ENEPe, tinha em sua composição grupos como o Levante Popular da Juventude (LPJ), União da Juventude Socialista (UJS – PcdoB), correntes que compõe a União Nacional dos Estudantes – UNE, uma entidade que recebe dinheiro do governo, portanto estando atrelada a ele, claramente, não representa os nossos interesses. Tal entidade tem cumprido o papel de travar as lutas estudantis através da defesa de projetos como PROUNI, PRONATEC, FIES, que injetam dinheiro no setor privado da educação em detrimento ao acesso à uma educação pública de qualidade pelos estudantes da classe trabalhadora.

Os militantes de tais correntes (LPJ/UJS) provocaram inúmeros entraves ao encontro, desde o início de sua construção, nas reuniões online, até os dias que seguiram o evento. Nas reuniões online que se antecederam ao evento os militantes destas correntes se impuseram quanto mediadores das reuniões, pois diziam que só havia legitimidade se eles que eram CO mediassem, no entanto, o que acontecia era desrespeito à fala dos companheiros que se colocavam contrário à linha política do governismo, chegando ao cumulo de abrirem chats individuais com aqueles que discordavam de sua política na tentativa de constrange-los para que não discordassem da C.O.

A tentativa de despolitização do encontro por parte da UNE ficou ainda mais evidente durante o decorrer do evento, quando a mesma CO fez uma programação que tinha como principal foco não o debate, mas o esvaziamento dos espaços, sendo realizadas, apenas 3 mesas, durante todo o evento, numa clara tentativa de despolitização, tornando visível para o andamento do encontro práticas como o coleguismo.

No entanto, o ENEPe tem em seu histórico o símbolo da resistência e da combatividade, sendo um dos encontros de área mais politizados e que reafirma há mais de 10 anos seu rompimento com a falida União Nacional do Estudantes (UNE). Os Estudantes de Pedagogia, nacionalmente, se colocam contra a essa entidade que só fere os direitos estudantis e que em seu cerne reproduz a lógica partidária, legitimando o governo daqueles que facultam os cortes de verbas na educação, nos direitos sociais e afins.

E foi nesse sentido que os estudantes na vontade de construir um encontro por fora do governismo, cansados de tantos golpes realizados pela CO, "tomou as rédeas" do encontro, através do Campo de Luta, que agrega estudantes independentes, grupos políticos combativos, executivas estaduais, na garantia de um encontro minimanete organizado. Foi através de inúmeros entraves políticos, que conseguimos, junto ao Campo de Luta, garantir o ato do 35º ENEPE, que ocorreu nos dos símbolos históricos de Curitiba, a praça "Boca Maldita". Por não corroborar com a política governista e antipovo da CO, nós e todos que compunham o Campo de Luta fomos vítimas da mais baixa retaliação do governismo, ficamos sem jantar. No entanto, o movimento real de pedagogia não se calou e realizou intervenções na frente do RU, forçando com que a CO garantissem o jantar.

Inúmeras e incansáveis assembleias foram realizadas, a presença massiva dos estudantes deixava claro que as manobras utilizadas pela CO não dialogavam com os estudantes. Falta de comida, estrutura mínima para a realização de oficinas, apresentação de trabalhos e grupos de discussões não foram garantidos pela CO, mas sim pela base, pelo Campo de Luta e grupos que acreditam num novo MEPe.

Numa incansável tentativa de criminalização dos movimentos sociais, LPJ e UJS, reproduzindo a lógica de seus partidos, tentam argumentar pela retirada de bandeiras de grupos combativos do encontro, além de atuarem com os grupos organizados e aqueles que se aproximavam através de ameaças, coações e afins. Ficando tais práticas, ainda mais, visíveis na Plenária Final, onde "capangas?' da UNE (UJS/LPJ), durante as votações de sedes dos próximos encontros, tentavam intimidar aqueles que chegavam para contrargumentar as propostas da UNE.

Mas, a despeito da tentativa nefasta do governismo, o Movimento Estudantil de Pedagogia, classista e combativo, reafirmou o seu rompimento com a UNE, reiterando a defesa de uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade que esteja a serviço do povo, tirando como bandeira de lutas do MEPe: Abaixo ao PNE Neoliberal, pela valorização da profissão do Pedagogo e a construção da greve geral para barrar a precarização da educação. O 35º ENEPe, motivado por uma acumulo de discussões dos Fóruns de Entidades de Bases, dos Encontros Estaduais, puxa a bandeira de luta: CONSTRUIR A GREVE GERAL. CONTRA OS ATAQUES DA PÁTRIA EDUCADORA: GREVE GERAL É A SOLUÇÃO.

Nós do CPL convocamos a todos a continuarmos a construir um MEPe combativo, independente, classista, que rompa com o velho movimento estudantil e que não dá margem para que o oportunismo atrelado ao governo ganhe voz.

ABAIXO A UNE GOVERNISTA, OFICIAL, PELEGA E REFORMISTA!
CONSTRUIR A GREVE GERAL!
LUTAR PARA ESTUDAR, ESTUDAR PARA LUTAR!
A PEDAGOGIA É SENSACIONAL, PUXANDO A GREVE, GREVE GERAL!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

UNE e UBES aliadas do latifúndio!

 

Alguns ficaram surpresos com a nomeação para o Ministério da Agricultura da principal liderança da bancada ruralista e inimiga histórica dos povos do campo, Kátia Abreu (PMDB). Mas tal nomeação foi apenas a explicitação de uma política do Governo Dilma (PT) de apoio aos latifúndios e agronegócio no país.

É preciso salientar que os investimentos na burguesia rural e agronegócio tem sido bastante elevados, e que os governos Lula e Dilma pouco ou nada avançaram na "simples" reivindicação de reforma agrária - até mesmo FHC realizou mais desapropriações de terras ques os governos do PT.

Logo, tal nomeação, para nós, não foi um espanto. E não parece que foi apenas para nós.

Em recente atividade, as presidentes da UNE e UBES, Carina Vitral e Barbara Melo, respectivamente, posaram em foto com abraços e sorrisos com a Ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Deve-se lembrar que o retrocesso do novo Código Florestal, que teve a anuência de Kátia Abreu, foi proposto por Albo Rebelo, do PCdoB. Carina Vitral e Barbara Melo, ambas são do PCdoB.

Alguns diriam que não há problemas, que são meras formalidades ou etc. Ocorre que Kátia Abreu representa o um dos setores mais retrógrados do país. Um setor que é responsável pelo envevenamento de alimentos com agrotóxicos. Pela difusão de transgênicos, com riscos à saúde da populaçaõ. Pela expulsão de famílias de camponeses pobres, indígenas e ribeirinhos do campo. Bem como o conflito, mortes e atentados com estes mesmo povos que lutam por suas terras.

Kátia Abreu tem sangue em suas mãos. Apertá-las é mais que gesto simbólico. É a explicitação da aliança dos partidos e movimentos governistas (PT, PcdoB, UNE e UBES) à grande burguesia rural brasileira. É o selo da conciliação de classes. É a conivência com as mortes de sem-terra e indígenas no campo brasileiro. É (mais um) atestado de falência de UNE, UBES, PT e PCdoB para os estudantes e trabalhadores deste país!

Nenhuma ilusão nos governistas!

Abaixo a UNE, pelega e pró-capital!

Evento da Plenária Estudantil da Oposição CCI


 Relembramos aos interessados/as que enviem e-mail com nome, curso e telefone para OPOSICAOCCI@RISEUP.NET


Lutar para estudar!
Estudar para lutar!

Entrevista com Eduardo Taddeo em Goiânia (ex-Facção Central)

por pró-Comitês de Cultura e Luta DF/GO (filiado ao FOB)

Entrevista realizada no dia 14 de março de 2015 com Eduardo Taddeo em seu show de lançamento do CD "A Fantástica Fábrica de Cadáver" em Goiânia. A entrevista foi realizada pelo CCL (Comitê de Cultura e Luta), núcleos Brasilia-Goiânia.



Viva as culturas de resistência! Pela auto-organização da periferia!

domingo, 16 de agosto de 2015

UNESP : SOLIDARIEDADE AO COMPANHEIRO MARCELLO PABLITO (SINTUSP)

 
          A Universidade de São Paulo (USP) recentemente deu início a um processo judicial pedindo a demissão por justa causa de Marcello “Pablito”, diretor do Sindicato de Trabalhadores da USP – SINTUSP. Pablito é trabalhador do restaurante universitário e também diretor da Secretaria de Negros, Negras e do Combate ao racismo do SINTUSP, perseguido pela Reitoria por lutar contra o desmonte da universidade pública e defender cotas raciais.
 
         No dia 14 de abril, durante reunião do Conselho Universitário, ocorria uma paralisação de trabalhadores por reajuste salarial, em defesa dos restaurantes, creches e hospitais universitários e por mais contratações. No local da reunião, estudantes, trabalhadores e o movimento negro se manifestavam exigindo o debate sobre a adoção de cotas raciais na USP, discussão sistematicamente ignorada pela Reitoria da universidade que, demonstrando todo seu autoritarismo e intransigência, cancelou a reunião.
 
          A ameaça de demissão de Pablito é parte dos esforços da Reitoria da USP para aniquilar a luta contra seu projeto de universidade embranquecida e excludente, é repressão política contra aluta sindical combativa, contra a aliança entre estudantes e trabalhadores, contra os direitos das negras e negros da classe trabalhadora, que hoje são apenas 7% entre o grande número de estudantes da USP, mas são maioria absoluta nos postos de trabalho mais precários e terceirizados.
 
          O assédio e a perseguição política visam coibir a luta coletiva das categorias e devem ser respondidos exemplarmente, em uma ofensiva na luta pela implementação das cotas e contra a terceirização, os Planos de Demissão Voluntária, a militarização e todos os ataques aos estudantes e trabalhadores pobres! Acreditamos firmemente que através da organização das trincheiras do povo em seus locais de trabalho e estudo e por meio da GREVE GERAL a realidade de exploração e opressão será radicalmente transformada. É preciso resistir! Não podemos permitir que eliminem nossos lutadores! Todo apoio ao companheiro Pablito!
 
 
RECONSTRUIR O SINDICALISMO REVOLUCIONÁRIO PARA DEFENDER OS DIREITOS DOS TRABALHADORES!
 
PELO FIM DOS PROCESSOS AOS LUTADORES DA USP!
 
LUTAR NÃO É CRIME! DEMISSÕES NÃO PASSARÃO!

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A origem do FOB: Alternativa ao movimento sindical, popular e estudantil

Por Fórum de Oposições pela Base (FOB)

Publicado em jun/13

Acesse AQUI a versão em pdf.

origem_fob

A ORIGEM DO FÓRUM DE OPOSIÇÕES PELA BASE: ALTERNATIVA AO MOVIMENTO SINDICAL, POPULAR E ESTUDANTIL


1 - A Origem do Fórum de Oposições pela Base


O Fórum surgiu como parte de um processo de aglutinação de militantes do movimento sindical, estudantil e popular. Podemos dizer que o Fórum foi se constituindo num processo político de oposição ao “governismo” que se tornou hegemônico no movimento dos trabalhadores a partir de 2003.  Mais especificamente as lutas contra a reforma da previdência de 2003 e o processo de luta e cisão com a CUT entre 2004 e 2005 dentro dos sindicatos dos servidores públicos federais e aos debates de formação da CONLUTAS.
O Governismo – ou a política de adesão das organizações dos Trabalhadores aos objetivos de um governo – implicou uma ofensiva contra direitos, salários e condições de trabalho. Nesse sentido, o governismo interessava especialmente ao capital, pois favorecia os grandes empresários, banqueiros e latifundiários. O Governismo implicou um fortalecimento da ofensiva do desenvolvimento capitalista neoliberal contra os trabalhadores, manifesto em medidas de reformas neoliberais, privatizações, corte de gastos públicos e medidas que aprofundavam a superexploração. Ou seja, a oposição ao governo do PT era dada pelo que o governo do PT representava em termos de destruição de direitos e interesses dos trabalhadores. O governo do PT desde o inicio combinou medidas intervencionistas e liberais para favorecer a retomada da acumulação de capital. Isso implicou em reestruturações previdenciárias, dos direitos trabalhistas, das políticas agrária e social. Em todas as dimensões da questão social, os trabalhadores sofreram ofensivas.  

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O tempo é de crise? A hora é de luta!

Venha para a Plenária Estudantil da Oposição CCI. Vamos debater a conjuntura política brasileira, o movimento estudantil nacional e particularmente na UnB e a luta classista contras as opressões de gênero e raça!




Nenhum passo atrás!
Avante a Ação Direta Estudantil!
Construir a Greve Geral contra o ajuste fiscal!