sábado, 28 de novembro de 2015

[CCL-DF] Comunicado nº02 – set/out/nov de 2015

Publicado em por pró-Comitê de Cultura e Luta – Planatina/DF

cabecalho_cclComunicado Nº 2 – setembro/outubro/novembro de 2015


Leia nesta edição:
  • O PACOTE ANTI-POVO DO GDF
  • GREVES EXPLODEM EM DIVERSAS CATEGORIAS NO DF: É NECESSÁRIO ROMPER COM A BUROCRACIA SINDICAL E OCUPAR AS RUAS…
  • O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO PERIFÉRICO PROSSEGUE, RESISTIR CONTRA O CRIME ORGANIZADO E CONTRA O EXTERMÍNIO PRATICADO PELA PM, AMBOS SERVEM À BURGUESIA.
  • PERSEGUIÇÃO A ARTISTAS E ESPAÇOS CULTURAIS DO DF
  • CONHEÇA O CCL, COMITÊ DE CULTURA E LUTA…

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ATAQUE ÀS TRABALHADORAS E AOS TRABALHADORES CONTINUAM! CONSTRUIR A RESISTÊNCIA!


Publicado em Por Aliança Classista Sindical (Trabalhadores e trabalhadoras da educação federal e da educação estadual universitária do RJ)
Boletim Novembro 2015


O final de 2015 se aproxima e com ele apenas uma certeza se coloca para o conjunto da classe trabalhadora: O pior ainda está por vir! Diferentemente dos setores governistas – PT/CUT e PCdoB/CTB – que outrora defendiam com unhas e dentes a política econômica neoliberal aplicada pelo governo Dilma e agora – de forma oportunista – dizem que se opõem aos ataques sistemáticos impostos por esse governo aos trabalhadores, nós da ACS/FOB desde 2013 vimos combatendo essa política e no início de 2015, através de nossos boletins e das ações práticas nos espaços sindicais, já denunciávamos o ajuste fiscal, a criminalização dos movimentos sociais e a retirada de direitos imposta pelo governo de capitulação ao grande capital internacional do PT. Acreditamos que essa capitulação cada vez mais escancarada do governo aos interesses do grande capital financeiro internacional e nacional, bem como ao das multinacionais de olho no mercado imobiliário interno e no petróleo brasileiro é a prova da subserviência existente das economias periféricas para com o imperialismo. Dado esse quadro visualizamos a tendência de um recrudescimento ainda maior da luta de classes no ano de 2016 e explicaremos o porquê desse recrudescimento nas linhas abaixo, apontando para a necessidade da mobilização e organização de todas as categorias para contra-atacar e arrancar vitórias dos patrões e dos governos.

A crise econômica mundial têm se agravado desde 2008 e tem imposto condições alarmantes para os trabalhadores e para os pobres em geral, mormente em países periféricos. Isto pode ser observado, em grande medida, pela situação da Grécia – que sofre um processo de pilhagem financeira impetrada pelos fundos de investimento internacionais e pelas imposições da Alemanha (maior país Europeu) – e da Venezuela, país no qual a crise de abastecimento tem assolado as camadas mais pobres da população. Esses casos recentes mostram a incapacidade de governos democrático-populares – como o Chavismo na Venezuela – e social-democrata (caso do Syriza na Grécia) de representar alternativas para os trabalhadores dentro da ordem capitalista em economias de caráter periférico/dependente.

No Brasil, não é diferente. Mesmo nos anos de “vacas gordas” o governo do PT pouco avançou em conquista de direitos, pelo contrário. As políticas sociais focalizadas como o bolsa-família estão dentro do receituário neoliberal produzido pelo FMI no início dos anos 2000 dado a necessidade de estimular a demanda através de uma composição maior da renda das camadas populares no mercado de consumo interno. Esse feito é comemorado amplamente pelo PT, pois em que pese representar um avanço em termos de redução da pobreza extrema, aquecia a produção de alimentos do agronegócio e de ramos específicos da Indústria – com destaque para o automobilístico e da construção civil. O pacto entre capital-trabalho possibilitado por uma conjuntura internacional favorável foi a base de sustentação do governo do PT. Não é a toa que em suas constantes aparições em comemorações do 1º de Maio, Lula discursa para os trabalhadores dizendo que “nunca a burguesia enriqueceu tanto no Brasil como em seu governo”.

Todavia, com o acirramento da disputa por mercados entre as grandes potências, com a crise econômica internacional e a concomitante descoberta do pré-sal, o imperialismo norte-americano voltou a reivindicar sua fatia do bolo nas economias latino-americanas. Esse avanço necessário para o aumento da acumulação de capital e da taxa de lucro só é possível de uma maneira: A partir da superexploração do trabalho.    Este processo já vem acontecendo em 2015 principalmente em setores terceirizados e tende a se aprofundar em 2016 além de se alastrar a outros setores. A retirada de diversos benefícios das terceirizadas e dos terceirizados como hora extra, vale alimentação, redução da jornada de trabalho com redução desproporcional do salário e demissões em massa é a ordem do dia para as frações da classe trabalhadora mais flexíveis aos interesses privados internacionais. Mas esse quadro não se restringe a esses setores. Os representantes intelectuais do grande empresariado têm defendido, dentre outras pautas, o aumento da produtividade como forma de sair da crise. Esse aumento da produtividade não está calcado em inovações tecnológicas, mas sim na superexploração do trabalho. Em artigo recente publicado no Estadão, Marcos Lisboa – presidente do INSPER – afirma que é necessário diminuir os custos de contratação e demissão, além de afirmar que o ativismo judiciário que protege o trabalhador prejudica o aumento da produtividade. Defende, portanto, a regulamentação do direito de greve principalmente de servidores públicos e uma nova reforma na previdência, visto que, segundo Lisboa, “as despesas com benefícios previdenciários e assistenciais correspondem a mais da metade das despesas primárias federais”.

A maior parte dessas propostas foram encampadas pelo governo na Agenda Brasil, principalmente no que se refere à previdência e proteção social. O governo propõe no item 2.11 da Agenda uma “maior desvinculação da receita orçamentária, dando maior flexibilidade ao gasto público.” Isso nada mais é do que desvincular uma maior fatia da arrecadação destinada à seguridade social para pagar juros da dívida pública. Hoje essa desvinculação já é de 20%. O governo propõe que aumente. Ademais, propõe uma redefinição da idade mínima para a aposentadoria baseada em estudos que apontam o aumento na expectativa de vida da população brasileira em geral.

Como podemos perceber 2016 será dramático para a classe trabalhadora e justamente por isso que a ACS/FOB conclama a todos os trabalhadores a se mobilizarem e a se organizarem para deter os avanços do neoliberalismo e arrancar vitórias nesses tempos em que a luta de classes recrudesce. Para tal é fundamental romper com o governismo e avançar para uma greve geral conjunta de todas as categorias, sem ilusão com esse governo de capitulação. Criar comitês de mobilização em cada local de trabalho estudo e moradia, com delegados eleitos pela base e com mandatos revogáveis a qualquer tempo. Criar espaços de discussão e resolução de propostas para combater o ajuste fiscal do PT/PMDB/PCdoB/PSDB. Tomar o que é nosso pelas nossas próprias mãos. Nesse sentido, propomos:
  • O abandono do pagamento da dívida pública interna e externa;
  • Fim da desvinculação da receita orçamentária com aplicação integral dos recursos em seguridade social;
  • Que os ricos paguem a previdência! Financiamento da previdência social taxado diretamente dos lucros dos bancos e instituições financeiras;
  • Imposto progressivo e taxação das grandes fortunas;
Só a luta pra barrar o ajuste fiscal de Dilma e dos empresários!

Rumo à greve geral! Ir ao combate sem temer, ousar lutar, ousar vencer!    
CONSTRUIR OS COMITÊS DE MOBILIZAÇÃO POR LOCAL DE TRABALHO!
CONSTRUIR A GREVE GERAL PELA BASE!
CONSTRUIR O SINDICALISMO REVOLUCIONÁRIO!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

[RECC-RJ] Análise da OCCI-UFRRJ sobre o ME na Rural e Conjuntura no Brasil

Publicado em

Análise da Oposição Classista, Combativa e Independente – OCCI/UFRRJ – sobre o Movimento Estudantil na Rural e a Conjuntura no Brasil:

1) Combater o governismo é uma necessidade! Por um ME classista!
a) Por que o Movimento Estudantil deve ser independente?
b) Ação Direta como uma alternativa política.
c) Oposição ao DCE e a sua estrutura.
d) ME classista: Estudantes como fração da classe trabalhadora – Perfil do Estudante
e) Abaixo a UNE, governista, oficial, pelega e reformista!
f) Propostas e reivindicações antigovernistas. Luta pela democratização do Acesso.

PELA CONSTRUÇÃO DE UM ME CLASSISTA, COMBATIVO E INDEPENDENTE!

Leia nossa Análise Conjuntural clicando aqui: Análise Conjuntural – tese

sábado, 21 de novembro de 2015

[RECC-SP] RECC cresce em Marília-SP com o grupo Ação Direta Estudantil (ADE).

Este documento tem por finalidade publicizar a fundação da Ação Direta Estudantil – núcleo Marília (ADE – UNESP/Marília), bem como solicitar filiação à Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC), integrante do Fórum de Oposições pela Base (FOB).

Nosso coletivo surge em um contexto em que o Movimento Estudantil, tanto  local quanto  nacionalmente, se encontra fragilizado e imobilizado devido aos modelos  de atuação política hoje hegemônicos, cujas características apontam, por um lado, para o parlamentarismo e o colaboracionismo das entidades oficiais  (UNE  e cada vez mais reproduzido pela ANEL) e, por outro, para a dispersão e o imediatismo das tendências autonomistas, fortemente influenciadas pelos paradigmas pós-modernos de culturalização da política. Diante dessas formas degeneradas, a estudantada se vê carente de formas organizacionais democráticas e de métodos de luta coerentes e efetivos para o atendimento das demandas da classe trabalhadora.

Nós, estudantes, compomos uma categoria social transitória, pois inseridos nas instituições de ensino, estamos sendo preparados para nossa futura inserção no mundo do trabalho. O sistema educacional brasileiro reproduz as contradições sociais, formando tanto os próximos gestores da exploração do trabalho quanto a mão de obra pouco qualificada que vende sua força para a manutenção do sistema. Expresso que a educação brasileira é marcada pela contradição entre as classes, a luta estudantil não deve ser encarada em separado do conjunto da classe.

O empenho na construção de uma alternativa de luta no interior do ME da UNESP já existe há alguns anos, através da construção do Comitê de Propaganda (CP) da RECC. A Ação Direta Estudantil (ADE-UNESP) surge em um contexto desafiador: organizar a estudantada contra a ofensiva neoliberal contra a educação – que avança a passos largos – orquestrada pela gestão PSDB no governo de São Paulo em uma Universidade pulverizada, distribuída por 25 cidades em todo o estado.

Nesse período, vivenciamos alguns processos que nos permitiram acumular experiências e lições que proporcionaram amadurecimento político e a convicção na defesa de princípios que encontram sua resolução programática na linha da RECC/FOB. São eles:

Classismo: Compreendemos que o capitalismo organiza a sociedade entre aqueles que detêm meios de produção e vivem da exploração do trabalho alheio: burguesia, e aqueles que precisam vender sua força de trabalho para sobreviver, muitas vezes não podendo sequer fazê-lo, se encontram em situação de extrema marginalidade: classe trabalhadora. Portanto, a contradição burguesia e proletariado é o elemento fundamental da luta por melhores condições de existência, cujos protagonistas são os que tem a necessidade vital da mudança e da justiça. Apenas a classe trabalhadora tem o potencial de transformar a estrutura social. Continuar lendo

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

[ORC-DF] 2º Ciclo de Formação Sindical debaterá Educação e a construção da Autonomia dos trabalhadores

Estamos vivendo um momento importante na luta de classes no DF e no Brasil. Uma série de medidas estão sendo implementadas por governos e patrões com o intuito de reduzir direitos, dar calote em salários, despedir trabalhadores, privatizar, cortar gastos da educação e saúde, etc. Além disso, no DF nós estamos presenciando um aumento absurdo nas tarifas de ônibus e restaurante comunitário que atingem toda a classe trabalhadora.

A educação tem sido um dos setores mais atacados. No DF a comunidade escolar atingida pelos demandos do governo de Rollemberg reúne ao todo centenas de milhares de trabalhadores entre professores, servidores, terceirizados, estudantes, pais e/ou responsáves. Porém, não parece haver nenhuma intenção ou capacidade política por parte das atuais “entidades representativas” (SINPRO, SAE, UBES, UNE, SINDSERVIÇOS, Associação de Pais, etc.) de resistir aos ataques e do modelo de educação neoliberal imposto por Dilma (PT-PMDB) e Rollemberg (PSB). Muito menos de defender um projeto de educação da classe trabalhadora. As classes dominantes já compreenderam a importância da educação para reproduzir o sistema, mas quando nós trabalhadoras/es vamos pensar e agir seriamente sobre um projeto coletivo e libertador?

É com esse objetivo, de pensar e fazer a luta de classes dentro de cada escola e local de trabalho, que convidamos trabalhadoras/es estudantes e todas/os as/os interessadas para o II Ciclo de Formação Sindical, com a temática “Educação e Autonomia: teoria e ação coletiva frente aos atuais conflitos sociais”, a ser realizado em todos os sábados do mês de novembro. COMPAREÇA! CONVIDE SEUS COLEGAS DE TRABALHO!

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PROGRAMAÇÃO:

– Práticas pedagógicas e as possibilidades de emancipação intelectual dos filhos do povo
Data: 21/11
Horário: 09h00
Local: Unb – Campus Planaltina (sala confirmar)

– Sindicalismo na Educação: a necessidade de organização para a luta diária
Data: 28/11
Horário: 14h00
Local: Auditório do Sindágua (CONIC, Venancio 5, sala 208)

Acesse os cadernos de texto em: www.facebook.com/orceducacao ou www.lutafob.wordpress.com

ORGANIZAÇÃO: Oposição de Resistência Classista – DF e Entorno APOIO: Fórum de Oposições pela Base

[RECC] 7ª PLENÁRIA NACIONAL CLASSISTA E COMBATIVA (2016)


O ano de 2015 demonstrou a real estratégia dos governos: ajuste fiscal, cortes na educação e saúde, desrespeito aos direitos indígenas e mais repressão aos movimentos sociais. Essa realidade nos mostra que devemos retomar a combatividade mostrada em 2013 para resistir aos avanços do capital e para obter mais direitos!

O papel da UNE/UBES, CUT foi/é de amigas dos governos apaziguando e traindo a luta dos estudantes. Devemos romper com esse tipo de organização burocrática e traidora e construir uma nova alternativa classista e combativa.

Os estudantes e trabalhadores(as) devem se unir e reconstruir seus instrumentos de luta. Seja o Grêmio Estudantil, o Centro Acadêmico, DCE ou Sindicato, estes devem garantir a independência e combatividade do povo, sem burocratas, traidores eleitoreiros nem capitalistas! Mesas de negociação às portas fechadas e greves comportadas não levam à nada! É nas barricadas, nas greves selvagens e na ação direta que destruiremos o capital! 

É para garantir uma vida digna que lutamos! Por educação, transporte, trabalho, saúde, lazer! E para lutar, devemos nos organizar! Pois nos organizando podemos desorganizar os instrumentos de opressão e exploração que nos atingem! “Paz entre nós, guerra aos senhores!”

Por isso, nós da RECC, convocamos todos os estudantes, trabalhadores e lutadores do povo a se levantarem e se organizarem contra os ataques que ainda virão.

PARA BARRAR A PRECARIZAÇÃO GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO!
IR A O COMBATE SEM TEMER!
OUSAR LUTAR! OUSAR VENCER!
CONSTRUIR A REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA!

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Incendiar o estado de São Paulo com ocupações de escolas para derrotar a reorganização!

No dia 6 de outubro, o Governo do Estado de São Paulo (PSDB) anunciou a “reorganização” das escolas estaduais, com a alegação de separar as escolas de ensino fundamental e médio, dividindo os ciclos para aplicar medidas pedagógicas especificas para cada faixa etária e inibir os conflitos existentes entre os alunos das diferentes idades, e para que cada município administre as escolas de acordo com as suas especificidades. Essa “reorganização” implica na verdade no fechamento de 94 escolas para cortar gastos públicos, aumentando ainda mais a quantidade de alunos em sala de aula, fechamento de várias turmas noturnas e EJA (ensino para jovens e adultos) gerando grande evasão, devido ao fato de estudantes, principalmente trabalhadores, serem transferidos para escolas distantes do local de moradia, além de que a municipalização das escolas oferece maior possibilidade de privatização dos serviços prestados e a contratação de trabalhadores terceirizados. A comunidade escolar não foi consultada sobre essa reformulação que implicará em uma deterioração ainda mais grave das escolas paulistas, já muito sucateadas.
 
A partir do comunicado dessa nova medida do Governo de SP, alunos de todo o estado se mobilizaram em manifestações se colocando contra o fechamento e precarização do ensino público e tomaram as ruas de várias cidades em atos massivos e combativos.
 
Avançando para uma modalidade superior de luta, os estudantes iniciaram uma jornada de ocupação de escolas e hoje são cerca de trinta e sete escolas estaduais ocupadas na grande São Paulo e no interior, que dão um exemplo de organização e combatividade contra a precarização das escolas públicas, que afeta diretamente a vida dos estudantes pobres.
 
Em pronunciamento feito pelos ocupantes da escola Fernão Dias Paes, em SP, os estudantes afirmam que a escola não será desocupada enquanto o governo não atender a pauta de não fechamento de nenhuma escola, turma ou turno, convocando os estudantes de todo o Estado a ocuparem suas escolas contra a “reorganização” decretada pelo governador.
 
A E.E. Augusto Melega de Piracicaba, interior de SP, já retrocedeu na decisão de fechar a escola, o que mostra o caminho acertado da luta dos estudantes secundaristas. Ainda faltam 93 escolas, por isso a urgência de cada vez mais escolas, universidades e escolas rurais serem ocupadas, para barrar o fechamento de ciclos, turnos e turmas!
 
As medidas de ajuste fiscal na educação, como o corte de 10bi promovido pelo governo Dilma/PT, e todas as medidas dos governos federal e estadual que atacam os direitos de diversas categorias repercutem na vida de todo o povo. As burocracias sindicais e estudantis (UNE, UBES, APEOESP) não possuem intensão e nem capacidade política de conduzir a luta pela manutenção dos direitos dos trabalhadores, por isso é preciso romper com as entidades governistas e conduzir uma luta diária, independente e audaciosa como demonstram os ocupantes das escolas em São Paulo. É tarefa de todos os lutadores do povo construir a solidariedade à luta dos estudantes paulistas em todos os locais de trabalho, estudo e moradia, na cidade e no campo, fortalecendo e ampliando a potencialidade da ação direta dos estudantes proletários!
 
A Rede Estudantil Classista e Combativa declara total apoio às ocupações e saúda as companheiras e companheiros estudantes secundaristas, pela luta e organização exemplares, que têm se mostrado fortes contra as medidas neoliberais do Governo de SP e seu aparato repressivo, a polícia militar fascista, que vem reprimindo todas as manifestações e sitiando as escolas ocupadas. A ocupação unificada das escolas de todo o Estado é a medida mais eficaz para barrar esse projeto de sucateamento do ensino público!
 
Só a luta organizada e combativa é eficaz contra nossos inimigos de classe! Avante estudantes e trabalhadores do povo!
 
Não vai passar! Nossas escolas vocês não vão fechar!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O GERMINAL nº 38 - Novembro de 2015


 

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Leia versão para impressão aqui 

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NENHUM C.A. SE MOVE



A reitoria, em um novo ataque aos estudantes, está tentando retirar o espaço físico dos Centro Acadêmicos! A desculpa da vez é que os CA’s são entidades privadas (!!) que estão se apoderando do espaço de uma universidade pública. Estranhamente a mesma acusação não é feita sobre os bancos existentes no campus.

A proposta atual da reitoria é criar um “CA4” colocando o Serviço Social, a Filosofia, a Geografia e a História no espaço que atualmente é ocupado pelo CAHIS. A outra proposta dada foi que os quatro cursos abandonem seus CA’s e fiquem com uma sala dentro de seus respectivos departamentos. Uma terceira proposta foi a ocupação de parte do Módulo 26 para dois CAs e a divisão do atual CAHIS para outros dois CAs.

Os CA’s são espaços essenciais para a mobilização política da comunidade acadêmica e também para momentos de confraternização dos estudantes. A retirada desses espaços é mais uma tentativa de acabar com as mobilizações estudantis contra os ataques do governo e da reitoria, bem como ceifar a liberdade de expressão e convívio dos estudantes.

O DCE Aliança pela Liberdade, que tenta criar uma cultura de apatia política dentro da UnB, não irá lutar ao lado dos estudantes pela permanência dos CA’s. Os estudantes não podem recuar frente a esses ataques. Os centros acadêmicos com luta foram ocupados e com luta serão mantidos! É necessário mobilizar os estudantes não só pela permanência do espaço físico, mas pela revitalização da vida política desses espaços!

Nenhum CA se move! Fora reitoria fascista!

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PM no Campus:
Não é segurança, é repressão!


No dia 22 de outubro, pudemos observar com clareza os objetivos da reitoria ao autorizar a atuação da PM dentro do campus: a repressão a qualquer tipo de manifestação da comunidade acadêmica! Neste dia ocorreu um ato organizado pela Articulação de CA´s contra os aumentos nas tarifas de ônibus e restaurantes comunitários, bem como contra os cortes na Educação, que são ataques diretos aos direitos dos estudantes, como os atrasos da bolsa permanência e os “atrasos” na abertura de novos editais, o que impede que estudantes de baixa renda possam se inscrever no programa.

O ato foi abordado de maneira truculenta ainda dentro do campus pela PM, que chegou atirando spray de pimenta nos manifestantes, empurrando fotógrafos que acompanhavam o ato... Armados com cacetes e FUZIS, os policiais ameaçaram o tempo inteiro os manifestantes, alegando que estes não poderiam “fechar” as vias da UnB.

Ficou claro de onde partiu a ordem dessa atuação, uma vez que alguns manifestantes fizeram uma denúncia na corregedoria da PM, que se manifestou dizendo que nem sabia do ocorrido, ou seja: Quem “acionou” e ordenou o batalhão foi o próprio REItor, Ivan Camargo. Apareceram no ato até viaturas do GTOP (Grupo Tático Operacional), grupo que geralmente é acionado para ocorrências com conflitos armados!

Não aceitaremos situações como esta dentro do campus! Foram milhares os estudantes que lutaram pelo direito à livre expressão e manifestação, para que hoje possamos nos posicionar politicamente frente à nossa realidade. Seguiremos lutando contra a precarização que nos é imposta, bem como pelo fim da PM, no campus e na sociedade!



Não nos amedronta a truculência policial: Cada confronto nos dá mais força! Fica o aviso.


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A “Articulação de CA’s e Estudantes Independentes da UnB” é um movimento de base preocupado em lutar, estudar e trabalhar pelas demandas estudantis e populares. Venha para reuniões e atividades! Conheça mais: www.facebook.com.br/articulacaounb


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Conheça o Comitê de Propaganda da RECC!
Leia a proposta do grupo n’O GERMINAL nº37
Acompanhe atividades no site e venha construir!



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Greves no DF, o que nós temos a ver com isso?



O Distrito Federal vive hoje um momento crítico. O povo trabalhador e os estudantes vêm sendo atacados por todos os lados. A nível nacional o Governo de Dilma/PT implementou o Ajuste Fiscal com corte de 70 bilhões do orçamento geral da União, afetando principalmente a Saúde e a Educação, fato que será responsável por um corte de quase 50% das verbas da UnB em 2016 (Campus).  Os efeitos locais dessa política são aplicados pelo Governador Rollemberg/PSB, que já em seu terceiro pacote de austeridade, anunciou em setembro o aumento absurdo das passagens de ônibus e a suspensão do reajuste de 32 categorias do funcionalismo público do DF.

Tendo em vista o caráter nacional e local dos ataques contra o povo, a burocracia sindical da CUT e CTB visando blindar o governo Dilma, foi incapaz de articular um movimento grevista unificado no serviço público federal, estadual e municipal, contra os cortes na educação, por exemplo. A greve das universidades federais definhou no isolamento e na desmobilização. Já no DF todas as condições estão dadas para uma greve geral frente ao “tarifaço” do GDF, pois os ataques são múltiplos, mas as mesmas burocracias sindicais pouco vêm fazendo para mobilizar suas bases, realizar piquetes, atos de rua e ocupações. Fato questionado por suas próprias bases.

Hoje mais do que nunca, os estudantes e trabalhadores, precisam ter claro que o Ajuste Fiscal é um ataque da classe dominante contra os direitos de todo o povo trabalhador e estudantes, em todas as esferas de sua vida e por tempo prolongado. A nossa resposta também precisa ser de classe e nosso trabalho hoje é romper o isolamento e construir mobilizações unificadas, com atos de rua e participação das bases. Por isso os estudantes da UnB precisam se somar as mobilizações gerais, se organizar dentro e fora da universidade através da Articulação de CA’s em oposição aos ataques da Reitoria e a cumplicidade Aliança pela Liberdade/DCE. 

Derrotar o aumento de tarifas do GDF! Não ao corte de verbas na educação! Construir mobilizações unificadas rumo a greve geral!

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Supexexploração das/os terceirizadas/dos da área de limpeza na UnB


A empresa Apecê, contratada pela UnB para cuidar das atividades relacionadas à limpeza das diversas regiões da universidade, recentemente aumentou a carga horária de trabalho dos/as trabalhadores/as sem uma justificativa convincente até o momento. Das suadas 40h semanais essas pessoas passaram a trabalhar cerca de 44h semanais, porém, sem nenhum aumento sobre o péssimo salário que já recebem, e ainda sobe ameaças constantes de demissão.

Tais medidas tomadas pela empresa citada e até aqui toleradas pela reitoria da UnB fortalecem um regime com características de pleno desrespeito e exploração da classe trabalhadora terceirizada já tão desvalorizada e mal remunerada. Terceirizados/as em sua maioria tem uma cor comum, por sinal, negra, e também habitam locais comuns no DF e entorno, regiões essas com uma série de problemas sociais, além de enfrentamento do transporte caríssimo e precário do Distrito Federal.

Estudantes advindos do povo e que lutam por esse denunciam a exploração das/os terceirizados/as da empresa Apecê na Universidade de Brasília e buscarão todas as formas possíveis no combate a tais medidas exploratórias, inclusive uma resposta esclarecedora da reitoria da universidade de Brasília.

NENHUM DIREITO A MENOS! COMBATER A EXPLORAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA!

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A Universidade é dos Estudantes!


Nos últimos meses, nós estudantes nos vemos num cerco que cada vez mais tem se fechado: Por um lado a Reitoria tem corrido para aprovar o Código Disciplinar Discente, um quadro de normas abusivas para en-quadrar os estudantes da UnB, por outro tem ameaçado os Centros Acadêmicos de História, Geografia e Serviço Social de desalojo, ou perca de espaço físico destes...

O código disciplinar que o reitor quer enfiar “goela abaixo” nas/os estudantes se tratada proibição do livre pensar e manifestar numa universidade federal! Já a política de perseguição aos Centros Acadêmicos, tem se demonstrado como um verdadeiro desrespeito a auto-organização dos estudantes.

De quebra, a reitoria ainda tem coagido, através de seus “assistentes sociais”, os moradores da Casa do Estudante, a CEU, com normas absurdas, onde até estender roupa no varal pode ser motivo para “advertência”, sendo que no acúmulo de 3 advertências, o estudante é expulso da CEU, assim perdendo direito ao programa de moradia!

Não podemos nos curvar a estas ofensivas autoritárias da reitoria! A organização dos setores perseguidos nesta universidade é urgente, uma vez que as instâncias burocráticas nunca beneficiam a democracia, ao contrário, em tudo favorece aos setores elitistas da UnB que querem a completa desorganização dos estudantes para conseguir implementarem suas políticas! Não deixaremos que nos roubem espaços históricos, bem como não nos calaremos diante dos abusos autoritários! Essa é a ordem do dia na UnB! 

Lutar para se estudar! Estudar para lutar! Avante estudantes do Povo!